Já colocou “tompero” em seu relacionamento?
Data de Publicação: 18 de julho de 2020 08:50:00 De tanto assistir comecei a pensar sobre o tal tempero e relacionamentos.
Quem me conhece sabe o quanto aprecio culinária. Isso e tão evidente que costumo fazer analogias com comida em vários vídeos que produzo. Comida é necessidade básica, é prazer, é afeto. Confesso que um dos meus programas favoritos nesta quarentena tem sido maratonar as temporadas do Masterchef, para aprender técnicas e entender as histórias dos participantes, o que os levaram a se dedicar a gastronomia. Gosto disso. E de tanto assistir acabei me afeiçoando muito ao jurado “Eric Jacquin” e seu sotaque. Dos vários conselhos que ele fornece aos jovens cozinheiros, ele destaca que se não tiver “tompero”, não importa a beleza do prato; que o “tompero é a alma da comida, revela sensações e engrandece os sabores.
De tanto assistir comecei a pensar sobre o tal tempero e relacionamentos. Em minha prática me deparo com lindas histórias de amor, de pessoas que iniciaram suas vidas com muitos sonhos, propósitos, expectativas... Porem essas mesmas pessoas motivadas a “viver um grande amor, com o passar do tempo ficam desinteressadas e sem motivação. O sexo que antes era quente e só de pensar “dava água na boca”, vai ficando pouco atrativo, repetitivo e sem sal, tipo marmita requentada. Conseguiu visualizar?
Outra expressão bem conhecida que caberia para designar o sexo de alguns casais delonga data, seria: “Sexo tipo macarrão da Santa Casa”. Comida hospitalar costuma sem cor, sem sabor, sem cheiro, para que o pacientes com restrição alimentar. Por outro lado, se você identifica que seu sexo está sem graça, lembre-se: O seu sexo não pode e nem precisa ser assim!
Porém como mudar essa realidade? Primeiro você precisa perceber que as coisas estão assim. Porém existem pessoas que não prestam muita atenção e se acomodam aos modos sexuais do outro, seja por medo, ou por subestimar o desejo sexual do parceiro.
Você sabia que parte do prazer e da resposta sexual é ativado pela maneira como o sujeito se compromete com o prazer e se engaja em fazer as coisas acontecerem? Chamamos isso de responsividade. E então? Você tem sido responsivo em suas relações sexuais? Percebe os elementos que te agrada, os toques que te excitam? Se apresenta de forma desejável ao seu parceiro (a), instiga, e se sente prazer com o prazer do outro? Confira algumas dicas:
- Paladar (morangos, chantillys, chocolates, espumantes);
- Olfato (uma fragrância mais sexy, velas perfumadas, você pode vendar os olhos e usar a sua imaginação);
- Tato (massagens sensoriais com óleos perfumados ou cremes, toque levemente o corpo, você pode usar uma pena, aponta dos seus dedos)
- Visão (prepare a cena, apareça de lingerie, desfile na frente dele, lap dance, faça uma surpresa deixe peças íntimas fazendo um caminho até o quarto)
- Audição (sussurre o que você irá fazer com o seu parceiro, ex: vou tirar sua roupa bem devagarinho, e te tocar ....)
Percebeu as possibilidades? Entenda que todas as pessoas possuem um potencial orgástico. Para além do orgasmo enquanto resposta sexual, precisamos entender como “extraímos” prazer de nós mesmos e do outro, estar abertos para “experimentar” novos ingredientes na relação. Ou seja: arregace as mangas!!
A sua “fome” de prazer deve motivar a buscar novos temperos para sua relação. Alguns dizem que o casamento com o tempo fica parecendo um feijão com arroz e que isso não é nada emocionante. Mas assim como na cozinha, é preciso reinventar pra que as coisas não fiquem mais do mesmo e para fazer isso com o seu parceiro, você precisa apenas de vontade.
E uma coisa é certa: Se você for criativo, esse feijão com arroz pode se transformar num saboroso baião de dois. E aí, está disposto a arriscar outros temperos? Ser sim, bon apetit, o banquete o aguarda!
(Por Bruna Coelho - Colunista)
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